domingo, 4 de março de 2012

UM DOMINGO NA PRAÇA






A vida poderia ser sempre como um domingo na praça
A alegria das crianças sorrindo
O carinho desprendido dos cãezinhos
 E sabor da pipoca preparada com tanto carinho...

Queria que ela fosse plácida como os olhos dos velhinhos
E sábia como seus conselhos
E tão musical quanto o gorjeio dos pássaros

Queria caminhar a vida, lentamente, contemplando o fruto
Fecundar a semente, e admirar a flor.
Deitar na grama com sol na face, e esquecer-se de tudo o mais!
Seria sempre uma manhã de domingo na praça...

Queria toda manhã alimentar os patos
E observar os peixinhos, sob frondosa árvore
Poderia cochilar à tardinha...
A vida poderia ser sempre como um domingo na praça...

Ali o tempo parece suspenso
Um casal trocando olhares e carinhos
Dizendo mais que qualquer verbo o faria...
Olho nos olhos a pele, o toque
E a vida é um romance dos anos 20,
 plácido, singelo, tímido, profundo

Queria ter a pressa de correr que os meninos possuem
Sem esta urgência louca de nunca olhar pros lados
Gritar o nome das pessoas com alegria
Sem precisar preterir um bom dia

Passaria a tarde contemplando o céu azul
A desvendar formas nas nuvens, pueril e delicioso ofício
Que em algum momento deixamos de praticar
A aventura seria atravessar a ponte sob o lago
Alcançar o vendedor de algodão doce
Sem problemas para desanuviar.

A vida poderia ser sempre como um domingo na praça
Onde a lei é sorrir e a única obrigação
É ser feliz.











idílio

são tantas as ilusões
são tantos os descaminhos
perdi-me mais uma vez
haviam sonhos, eu construi...
haviam dores,eu vivi...

essa incessante vontade de viver-te
noites passei sorvendo estas lágrimas
que eu mesma provoquei
e este idílio tão ardente
que em meus devaneios creio reais.
triste destino em sonhos crer

mas eram sonhos ou pesadelos?de certo não saberei
eras uma figura inerte porém...
em meus sonhos foste o desejo mais ardente
e no entanto aqui estou
plena deste sentimento que só idealizei
e nunca vivi.